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A morte de Garrincha, a alegria do povo, completa hoje 40 anos

Sexta, 20 de Janeiro de 2023
A morte de Garrincha, a alegria do povo, completa hoje 40 anos

40 anos após a sua morte, o anjo de pernas tortas ainda é lembrado por sua relação conflituosa com a cantora Elza Soares, seus 14 filhos, seus dribles desconcertantes e sua passagem pela seleção brasileira e pelo Botafogo, que agora prepara um espaço especial para seu ídolo maior no novo museu que está organizando, como forma de não esquecer do craque que encantou multidões.

Garrincha sempre misturou a indução e antecipação em campo. Quando a bola estava nos seus pés na ponta direita, seu movimento induzia um João qualquer a movimentar o corpo para um lado. Antevendo a movimentação, aplicava o drible indo na outra direção. Seus últimos dias de vida foram assim. Afundado no alcoolismo, impulsionou o próprio fim, anunciado por ele próprio. Em 19 de janeiro de 1983, um dia antes de sua morte, Mané, com 49 anos, pressentiu que lhe restava pouco tempo. Foi a uma casa lotérica em Bangu, no subúrbio do Rio de Janeiro, e fez uma aposta na Loto. Ao chegar em casa, entregou o comprovante para Vanderléia, sua esposa. O prêmio, segundo ele, seria dela, pois quando saísse o resultado ele não estaria mais vivo. Era o fim de ser de extremos. Um homem que ganhou fortunas, mas acabou pobre. Alguém que foi amigo de muitos, mas morreu sozinho. Um jogador que driblou os maiores zagueiros, mas parou na marcação do alcoolismo. Um ser chamado de "A Alegria do Povo", mas que acabou na tristeza. Um camisa 7 que moveu multidões, mas viveu isolado o último momento antes de virar eternidade. Não é que Garrincha não tenha feito dinheiro. Ganhou uma fortuna para os padrões daqueles tempos. Comprou casas e apartamentos nos bairros mais nobres do Rio de Janeiro. Pouco a pouco perdeu tudo. Restaram oito imóveis, deixados para cada um dos seus filhos com Nadir, sua primeira esposa. O "Anjo das Pernas Tortas" levava uma vida suburbana. Junto com Vanderléia, morava em uma casa de três quartos em Bangu. O aluguel de 46 mil cruzeiros era pago pela CBF. O casal vivia do salário de 275 mil cruzeiros que o ex-jogador recebia para dar aulas de futebol na Legião Brasileira de Assistência. O enterro foi realizado em Pau Grande, distrito de Magé, na Região Metropolitana do Rio, onde ele nasceu. Com a família sem muitos recursos, os custos foram bancados pelo cantor Agnaldo Timóteo.

TEXTO – José Raimundo Tramontini
FOTO – Redes sociais

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