A dragagem emergencial do canal de Itapuã, em Viamão, foi iniciada na terça-feira (26), após a confirmação de condições meteorológicas favoráveis para a realização dos trabalhos. O contrato com a empresa Ster Engenharia, responsável pela operação, já havia sido assinado anteriormente neste mês, e as licenças ambientais estavam devidamente aprovadas. Desde a última quinta-feira (21) a draga já se encontrava abastecida e posicionada em Porto Alegre, aguardando apenas a liberação das condições do tempo para o início das operações.
A obra terá uma extensão de 2.350 metros de comprimento por 110 metros de largura, abrangendo uma área total de 260 mil metros quadrados, e visa remover até 185 mil metros cúbicos de sedimentos. A profundidade de dragagem será de seis metros, com o objetivo de alcançar um calado operacional de 5,18 metros.
O prazo estimado para a execução completa da dragagem é de 90 dias, podendo sofrer alterações de acordo com a produtividade do equipamento e as condições dos sedimentos encontrados.
“A obra é mais uma etapa muito importante no caminho de retomada e reconstrução do Estado. Com investimentos robustos e muito trabalho, estamos atuando com o objetivo de garantir o pleno restabelecimento do Rio Grande do Sul após as enchentes”, destaca o secretário de Logística e Transportes, Juvir Costella.
As obras de recuperação e desenvolvimento, como a dragagem do canal de Itapuã, estão em andamento graças ao uso de recursos próprios, conforme o presidente da Portos RS, Cristiano Klinger. Ele explica que a estratégia foi adotada enquanto se aguarda a liberação oficial dos recursos do Fundo de Reconstrução do Estado do Rio Grande do Sul (Funrigs) – que recentemente aprovou um montante de R$ 731 milhões para iniciativas no Estado.
“Estamos avançando nas intervenções utilizando recursos próprios, com a expectativa de que o montante aprovado pelo Funrigs permita a quitação desses investimentos e a continuidade de outras ações essenciais”, explica Klinger. Essa abordagem garante que obras prioritárias não sofram atrasos enquanto o processo de liberação formal do fundo é concluído.
“Em 20 dias de trabalho, esperamos ter meio canal navegável com o calado de 5,18 metros. Essa etapa inicial será um marco importante para viabilizar a retomada da navegação comercial no Rio Grande do Sul”, projeta o diretor de infraestrutura da Portos RS, Lucas Cardoso.
Após a conclusão, outros processos de contratação já em andamento garantirão o atendimento dos canais de Pedras Brancas, Leitão, Furadinho e São Gonçalo, para os quais levantamentos hidrográficos e dados sobre volumes de sedimentos já estão disponíveis.
Os demais canais sob a responsabilidade da Portos RS serão contemplados após a conclusão do levantamento batimétrico, que se encontra em fase de contratação. Esse processo permitirá dar sequência imediata à execução das intervenções planejadas, garantindo a continuidade das ações de recuperação e desenvolvimento.
TEXTO - Ascom Portos RS
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