
Dizem que avós são, por duas vezes, pais. No caso do pequeno Augusto Luiz Peretti (2), os vovôs exercem papel fundamental em sua criação e desenvolvimento, como as vovós Anita Peretti (79) e Idalma Bergamaschi (66). Contudo, é com o vovô Ibar Bergamaschi (74) que o pequeno se sente ainda mais seguro e, de fato, tem uma conversa de “homem para homem”.
A relação de afeto entre eles teve início bem antes do nascimento de Augusto, em 27 de janeiro de 2021. Quando a mãe Lizeli Bergamaschi (41) soube que estava grávida, logo contou à família, que é predominantemente constituída por mulheres. Ibar e Idalma são pais de Lizeli (41), Letícia (34) e Daiane (32). Ibar, é claro, até então era o único homem da casa e, mesmo sem manifestar de forma explícita, sonhava com um menino na família.
Quando Lizeli anunciou que teria um menino, a família toda comemorou. O nome Augusto é homenagem ao pai de Ibar e bisavô do pequeno, Augusto Bergamaschi (in memoriam). Já Luiz foi escolhido em honra ao avô paterno do menino, Luiz Peretti (in memoriam). “Quando soube que seria mãe de um menino, a primeira pessoa para quem liguei e contei foi o meu pai. Disse que o Augusto estava a caminho, pois sempre pensei neste nome, caso fosse mãe de um menino”, conta.
Ibar e Augusto possuem uma relação de muito afeto, “de homem para homem”, pois o pequeno enxerga no vovô uma das únicas figuras masculinas que tem na família. Em 10 de junho de 2022, o pequeno perdeu o pai Marcelo Luiz Peretti, aos 51 anos. Contudo, Lizeli faz questão de manter viva a presença de Marcelo na vida do filho, nem que seja por meio de fotos e vídeos. Ela conta que as memórias estão espalhadas pela casa, inclusive, em porta-retratos e em meio aos livros de desenho e leitura do filho. “Eu não quero que ele perca a lembrança do pai. Quando ele crescer, saberá que o papai foi uma pessoa incrível e o amou muito”.
Outro fato curioso é que Augusto também reconhece no padrinho, André Luiz Peretti (40), irmão de Marcelo, a figura de um pai. Isso se explica pela semelhança física entre André e Marcelo. No Dia dos Pais do ano passado, Augusto não teve a presença do papai, mas o dindo André e o vovô Ibar estiveram presentes na homenagem e apresentação do garotinho na escola, o que se repetirá neste ano. “Ele é muito parecido com o pai. O jeito de caminhar é igual ao do Marcelo”, revela Lizeli.
Companheiros
Como o papai e o avô paterno já partiram, Augusto reconhece no vovô Ibar a figura de homem da casa e também de seu companheiro. Eles estão juntos em vários momentos, seja no preparo do churrasco, na viagem à praia, nos passeios, na hora de dormir e acordar ou nas brincadeiras dentro do ônibus que Ibar dirige. O vovô é motorista e já passa ao neto todo amor que tem pela profissão, a qual desempenha há mais de 50 anos.
Nos últimos meses, após a morte de Marcelo, Lizeli e o filho voltaram a morar temporariamente na casa de Ibar e Idalma, no Bairro Lajeadinho, em Encantado. Por isso, o convívio com os avós maternos foi intensificado. Na casa da vovó Anita, no Centro da cidade, Augusto também é figura presente, semanalmente. “Os avós do Augusto, tanto o vovô Ibar quanto as vovós Idalma e Anita, estão me ajudando a criá-lo, a dar educação e muito amor, tudo o que uma criança precisa ter na vida. Sou muito grata a eles”, diz Lizeli.
Além de Augusto, Ibar e Idalma são avós do pequeno Ravi, de apenas dois meses, filho de Letícia e Everto Casagranda. Já a vovó Anita, também é avó de Isis (1), filha de André e Mônica Secchi Peretti.
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Texto - Jornalista, Carina Marques/Jornal Opinião
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