Taxa de desemprego fica estável em 8,4% no trimestre encerrado em janeiro, diz IBGE

De acordo com os dados mensais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feira (17), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a taxa de desocupação no Brasil ficou estável em 8,4% no trimestre encerrado em janeiro. É a menor taxa de desocupação para este período desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015 (6,9%).
No trimestre imediatamente anterior, entre agosto e outubro, a taxa era de 8,3% – considerado um resultado de estabilidade para o IBGE. Comparado ao mesmo trimestre de 2022, quando chegou a 11,2%, houve redução da desocupação de 2,9 pontos percentuais. Em 2021, o percentual foi de 14,5%.
Conforme o levantamento, a população desocupada diminuiu em 27 mil pessoas em um trimestre, totalizando 8,995 milhões de desempregados no período. Em um ano, 3,053 milhões de pessoas deixaram de não trabalhar.
A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.835 no trimestre encerrado em janeiro. O resultado representa alta de 7,7% em relação ao mesmo trimestre de 2022. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 275,134 bilhões no trimestre encerrado em janeiro, alta de 11,9% ante igual período do ano passado.
A taxa de informalidade ficou de 39% da população ocupada (ou 38,5 milhões de trabalhadores informais) contra 39,1% no trimestre anterior e 40,4% no mesmo período de 2022.
Aumento de vagas de no mercado de trabalho
Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o País registrou um fechamento de 1,025 milhão de vagas no mercado de trabalho em apenas um trimestre. A população que possui um emprego ficou em 98,636 milhões no trimestre encerrado em janeiro. Em um ano, esse contingente aumentou em 3,208 milhões de pessoas.
A população inativa somou 66,341 milhões de pessoas no trimestre encerrado em janeiro, 1,438 milhão de inativos a mais que no trimestre anterior. Em um ano, houve aumento de 1,403 milhão de pessoas.
No trimestre encerrado em janeiro, a força de trabalho brasileira – ou seja, pessoas ocupadas e desocupadas – chegou a 107,6 milhões de pessoas, uma redução de 1% ou 1 milhão de pessoas frente ao trimestre de agosto a outubro. Houve estabilidade frente ao mesmo período do ano anterior.
Subutilização
Uma das reduções mais expressivas mostradas pelo IBGE é da taxa composta de subutilização, que caiu 22,5% na comparação anual. No trimestre encerrado em janeiro de 2023, são 21,5 milhões de pessoas que estão desempregadas, subocupadas, na força de trabalho potencial, desalentados ou que não tem disponibilidade para o trabalho.
Em comparação, a taxa passou de 23,9% dos trabalhadores no mesmo trimestre do ano passado para 18,7% agora. Em 2021, esse percentual chegou a 29%.
Dentro dos dados, aflige o contingente de trabalhadores em desalento, que são pessoas da força de trabalho que desistiram de procurar emprego. Apesar de uma redução de 5,3% na base anual, o resultado foi de estabilidade contra o trimestre anterior.
Seguindo a tendência de melhora do mercado de trabalho, porém, o rendimento real habitual cresceu 1,6% no trimestre e 7,7% no ano, para R$ 2.835. A massa de rendimento real habitual apresentou estabilidade ante o trimestre anterior e aumento de 11,9% na comparação anual, chegando a R$ 275,1 bilhões.
TEXTO - Mariana Puchalski
FOTO - Agência Brasília