Taxa de desemprego do 3º trimestre no Brasil atinge menor nível desde 2012
A taxa de desemprego no Brasil fechou o terceiro trimestre de 2024 em 6,4%, segundo dados da PNAD Contínua divulgados na sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice representa uma queda de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (6,9%) e é o menor da série histórica, iniciada em 2012, ficando atrás apenas do último trimestre de 2013 (6,3%).
Entre os destaques regionais, o Rio Grande do Sul registrou queda de 5,9% no segundo trimestre para 5,1% no terceiro. Esse resultado coloca o estado entre os sete que tiveram redução no índice de desocupação e reforça sua posição como uma das economias mais sólidas do país.
Além do Rio Grande do Sul, os Estados que também registraram quedas no desemprego foram: Santa Catarina, Pernambuco, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Rondônia e Bahia.
Os Estados que apresentaram as menores taxas do Brasil no terceiro trimestre são:
- Santa Catarina: 2,8%
- Mato Grosso: 2,3%
- Rondônia: 2,1%
Em outras 20 unidades da federação, os índices permaneceram estáveis, com variações pouco significativas.
Os estados com maiores taxas de desemprego no período foram:
- Pernambuco: 10,5%
- Bahia: 9,7%
- Distrito Federal e Rio Grande do Norte: 8,8%
O número de pessoas empregadas no Brasil atingiu 103 milhões, representando um aumento de 1,2% em relação ao trimestre anterior e de 3,2% no ano. Essa é a maior marca da série histórica da pesquisa.
O rendimento médio habitual ficou em R$ 3.227, praticamente estável frente ao trimestre anterior (R$ 3.239), mas com alta de 3,7% na comparação anual.
Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas do IBGE, destacou o papel da recuperação econômica no crescimento da ocupação. “Diversas atividades econômicas têm se expandido desde o segundo semestre de 2022, impulsionadas pelo aumento do consumo das famílias”, afirmou.
Com a queda no desemprego, o crescimento no número de ocupados e recordes na ocupação, o mercado de trabalho brasileiro consolida sua recuperação. Estados como o Rio Grande do Sul, que apresentou uma melhora significativa mesmo com as adversidades climáticas dos últimos meses, são exemplos desse cenário otimista para o encerramento de 2024.
Texto - César Augusto Husak
Foto - Marcelo Camargo/Agência Brasil