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Goleiro encantadense cursa educação física após encerrar carreira

Segunda, 27 de Abril de 2020
Gottardi parou de jogar aos 32 anos


Um dos maiores pesadelos dos jogadores de futebol são as lesões. É exatamente desta forma que um encantadense teve sua carreira abreviada como goleiro profissional na Europa. Eduardo Gottardi decidiu pela aposentadoria duas temporadas atrás após sofrer lesão quando jogava pelo Marítimo de Portugal. De volta ao Brasil, o encantadense reside em Lajeado e trocou as luvas pelas salas e aula. O ex-atleta cursa Licenciatura em Educação Física na Univates. 

Em entrevista ao Opinião, Gottardi relembrou momentos da carreira e revelou do que mais sente saudade do tempo em que era atleta profissional.

Opinião: Você encerrou a carreira com 32 anos. Quais os motivos que o levaram a parar de jogar?
Gottardi:
Quando cheguei ao Marítimo de Portugal tive uma ruptura no tendão de Aquiles. Nunca mais ficou como era. Sentia muita dor para treinar e o pós-treino também. Achei melhor parar.

Opinião: O que mais sente falta após parar de jogar?
Gotardi:
O vestiário, de estar com o pessoal, os treinos, o dia de jogo. Saí de casa com 14 anos e fiquei no futebol até os 32. Tenho mais tempo de bola do que de resto de vida. Futebol é um mundo a parte... Essa mudança do jeito que foi por ter uma lesão foi complicado. Mas se tivesse que escolher uma coisa é o vestiário, de ficar brincando com o pessoal. É algo diferente, só o futebol proporciona isso. A gente viaja e convive muito. Nos grupos onde tudo vai bem acaba sendo como uma família. Dia de jogo também é algo impressionante. Só que experimenta é que sabe explicar, a torcida em volta, isso eu sinto falta.

Opinião: Você encerrou a carreira em Portugal. Foi o melhor período da sua carreira?
Gotardi:
Difícil falar em melhor momento! Levo comigo todos os lugares em que passei. Mesmo onde as coisas não ocorreram tão bem como no Santa Cruz (Pernambuco). Portugal foi o momento em que eu estava mais preparado, pela experiência que eu tinha quando jogava lá. O que mais me marcou foi no Inter em 2006, quando o clube ganha a Libertadores. Eu não joguei nenhuma partida, mas a no grupo. Eu era o quarto goleiro. Estava no vestiário e pude ver o Inter se afirmar. Em Portugal foram cinco boas temporadas, com os clubes que eu passei sempre brigando pro classificação na Liga Europa. Dos cinco anos, em dois deles meu time conseguiu vaga na Liga Europa.

Opinião: Sobre a posição de goleiro: O que você avalia dos brasileiros?
Gotardi:
A escola de goleiro no Brasil é muito boa, tem uma formação diferenciada. Quando cheguei a Portugal quase todos os goleiros eram brasileiros. Quanto à posição, é um local que a personalidade tem que se forte, não pode errar nunca, por que normalmente é fatal. Se você errar tem que saber levantar a cabeça e seguir no jogo.

Opinião: Lembra da tua maior defesa e o melhor jogador que enfrentou?
Gottardi:
O melhor adversário foi o Pablo Aimar e a defesa foi em um jogo pelo Marítimo contra o Benfica.

Opinião: Cursar Educação Física quer dizer que você ainda pensa em trabalhar com futebol?
Gottardi:
Estou com algumas idéias, mas por enquanto são apenas idéias. Inicialmente pretendo ir a escola e talvez cursar um mestrado.

Sobre Eduardo Gottardi
O encantadense de 34 anos passou por clubes como Esportivo (Bento Gonçalves), Internacional, Santa Cruz (Pernambuco), Portuguesa (São Paulo), Oeste (São Paulo), Toledo (Paraná), Juventude (Caxias do Sul), além o União De Leiria, Nacional da Ilha da Madeira e Marítimo, todos de Portugal.

Texto - Henrique Pedersini
Foto - Reprodução/Google

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