Se as principais potências do futebol brasileiro tiveram que demitir profissionais, readequar salários e refazer o planejamento para o restante da temporada, a realidade dos clubes de menor expressão é ainda mais dura. Esta é a situação do Novo Hamburgo. Último time do interior a conquistar o título do Campeonato Gaúcho, o “Anilado” também passou por reestruturação durante a pandemia.

Coube a um roca-salense conduzir os trabalhos de adaptação financeira do clube. Aos 32 anos, Diego Ziegg até tratou se adotar os cuidados devido ao Coronavírus, mas compareceu diariamente no clube, que agora aguarda o recomeço da competição estadual. 

O roca-salense participou das negociações para redução dos salários dos jogadores do time do Vale Dos Sinos. A medida foi adotada para que o “Noia” não atrasasse os pagamentos.

- Nossos jogadores merecem os elogios. Entenderam a situação crítica que os clubes se encontram e colaboraram para que tivéssemos uma solução que fosse de acordo com o interesse do Novo Hamburgo e dos atletas - revela.

Diego explica que rever salários com jogadores é algo delicado, pois muitos dependem dos recursos que entram mês a mês. Sobre a retomada da competição, o diretor acredita que os jogos devam ocorrer apenas no início de agosto. 

- É muito duro ver da realidade dos times. Falamos entre nós dirigentes e não vemos boas perspectivas em termos financeiros - avalia.

O diretor também teve seus vencimentos revistos e explica que o momento é de todos os profissionais do esporte colaborarem para que a maior parte das equipes possam manter as atividades.

Texto – Henrique Pedersini
Foto - João Goularte (Assessor de Imprensa ECNH)