
O Rio Grande do Sul recebeu nesta semana um lote extra de 80 mil doses de vacinas contra a febre amarela. A medida visa ampliar a distribuição e é a principal forma de prevenção contra a doença, que nos últimos anos avançou por São Paulo, Paraná e Santa Catarina. No Rio Grande do Sul não são identificados casos transmitidos dentro do Estado desde 2009.
O público-alvo para vacinação é formado por pessoas a partir de nove meses de idade até os 59 anos que não tenham comprovação de vacinação. Neste ano, o Ministério da Saúde passou a orientar um reforço em crianças aos quatro anos de idade.
A dose deve ser administrada pelo menos 10 dias antes do deslocamento para áreas de risco (matas, florestas, rios, cachoeiras, parques e meio rural). Pessoas acima dos quatro anos e que já tenham registro de ao menos uma dose da vacina não precisam de nova aplicação.
As vacinas já começaram a ser distribuídas pela Secretaria da Saúde (SES) a todos os municípios e estarão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde. O lote extra é um suplemento ao quantitativo mensalmente recebido pelo Estado, que em média distribui outras 80 mil doses aos municípios a cada mês.
O novo envio também busca reabastecer os estoques, já que muitas cidades no Estado estão conciliando a campanha em andamento contra o sarampo (para crianças dos 5 anos até os jovens de 19 anos) com a vacinação contra a febre amarela.
Cerca de 400 mil doses aplicadas desde 2019
Dados ainda parciais apontam que no ano passado mais de 383 mil pessoas foram vacinadas contra a febre amarela no Rio Grande do Sul. Neste ano, foram aplicadas cerca de 28 mil doses. Esses números ainda são preliminares, já que o Programa Nacional de Imunizações permite um prazo de até seis meses para a alimentação de dados por parte dos municípios.
Além disso, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) está concluindo o balanço do censo vacinal de febre amarela realizado em áreas rurais no ano passado.
O trabalho contou com a visita casa a casa nesses locais para o levantamento da situação vacinal dessa população e imunização das que ainda não tomaram a dose. No Rio Grande do Sul, cerca de 1,6 milhão de pessoas vivem em áreas rurais, que são os locais mais propensos para a reintrodução do vírus depois de mais de uma década.
Texto: Governo do RS
Foto: Reprodução/Google