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Incêndio na Boate Kiss: oito anos de tristeza, saudade e revolta

Quarta, 27 de Janeiro de 2021
Local onde ficava boate está repleto de homenagens para as vítimas


A quarta-feira é marcada por tristeza, dor, saudade e revolta para os familiares das 242 pessoas que morreram no incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria. Neste 27 de janeiro de 2021 completam oito anos da tragédia que mudou a vida de muitas pessoas e de toda uma cidade para sempre.

O presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AFTSM), Flávio Silva, descreve a data de hoje como sendo de muita tristeza pela lembranças do ocorrido e de modo especial pelos réus ainda não terem sido submetidos ao julgamento.

- A maioria pensa que depois de um ou dois anos da perda de um filho, os pais vão esquecer, que a saudade passa. Mas não é assim. Cada ano a dor é mais forte e maltrata mais. E quando chega 27 de janeiro sentimos de uma forma ainda maior – explica.

O PROCESSO
Conforme publicação da Agência Brasil, são réus os empresários e sócios da boate Kiss, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, além do vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, e o produtor do grupo musical, Luciano Bonilha Leão. Eles respondem por homicídio simples (consumado 242 vezes, por causa do número de mortos) e por 636 tentativas de homicídio, de acordo com o número de feridos.

27 DE JANEIRO DE 2013
Era madrugada de domingo quando as chamas atingiram a estrutura da Boate Kiss. Um integrante da banda Gurizada Fandangueira ascendeu um sinalizador e faíscas fizeram com que incendiasse a espuma que fazia o isolamento acústico do estabelecimento.
A partir da liberação de gazes tóxicos, muitas pessoas morreram sufocadas. Ao todo foram 242 vítimas fatais. De acordo com a Agência Brasil, a discoteca não contava com saídas de emergência adequadas, os extintores eram insuficientes e estavam vencidos. Parte das vítimas foi impedida por seguranças de sair da boate durante a confusão, por ordem de um dos donos, que temia que não pagassem as contas.

O repórter Henrique Pedersini conversou com Flávio Silva, presidente da AFTSM, que descreveu o sentimento como pai de uma das pessoas que morreu no episódio e ainda como representante de todos os familiares. (Ouça no Player abaixo)

Texto e áudio - Henrique Pedersini
Foto - Agência Brasil

 

 

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