A Universidade do Vale do Taquari - Univates está selecionando voluntários para uma pesquisa que investiga as possíveis relações entre dependência alimentar, desregulação emocional e déficits nas funções executivas em uma comunidade universitária. 

A pesquisa é desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas (PPGCM) e conta com o envolvimento das professoras pesquisadoras Verônica Contini e Joana Bücker e da mestranda Nandara Marcos. Nandara é a proponente do projeto. 

A amostra principal desse estudo será constituída por voluntários adultos, com idade entre 18 e 65 anos, de ambos os sexos, estudantes universitários da Univates. A coleta de dados é contínua, portanto os voluntários poderão se inscrever a qualquer momento, enviando e-mail para o endereço nutrigeneticauni@gmail.com. 

Todos os participantes preencherão um protocolo geral de coleta de dados, realizarão coleta de material biológico para análise bioquímica, e preenchimento de escalas, como a Escala Modificada de Dependência Alimentar de Yale e a Escala de Dificuldade de Regulação Emocional, e também passarão por uma bateria de testes de funções executivas.

Os voluntários receberão os resultados dos exames bioquímicos referentes aos níveis séricos de colesterol total, lipoproteína de alta densidade (HDL-colesterol), triglicerídeos, glicose e colesterol total. 

O estudo 

A dependência alimentar é definida como uma condição em que o indivíduo desenvolve um desejo por certos alimentos específicos, ricos em carboidratos, gorduras, sal e hiperpalatáveis, na busca por aliviar estados emocionais negativos ou encontrar um alto estado de prazer. 

Esses alimentos possuem propriedades viciantes, e o consumo desenfreado pode provocar no indivíduo comportamentos semelhantes aos observados na dependência das drogas de abuso, envolvendo distúrbios neuropsicológicos, comportamentais e sociais. Estudos de imagem cerebral realizados com indivíduos com dependência alimentar mostraram ativação do sistema de recompensa no cérebro, alterações neuroquímicas e déficits nas funções executivas quando há o desejo e/ou consumo desses alimentos. 

Texto - Lucas George Wendt 
Foto - Alina Grubnyak/Unsplash