Faleceu na noite desta quinta-feira (19), aos 78 anos, o sócio-fundador do Supermercado AGF, de Encantado, Antenor Gonzatti. Ele estava internado no Hospital Beneficente Santa Terezinha, em Encantado, e deixa a esposa, dois filhos e quatro netos.

O velório acontece no salão comunitário Santo Agostinho, no bairro Planalto, até às 16 horas desta sexta-feira (20), e o sepultamento será realizado no cemitério Santo Agostinho, na mesma localidade, onde Gonzatti residia e tinha seu empreendimento.

Trajetória

Antenor Gonzatti nasceu em 20 de novembro de novembro de 1946, na comunidade de Capoeirinhas, interior de Relvado. Filho de Quinto Gonzatti e Carmelinda Possamai Gonzatti, perdeu a mãe quando tinha apenas seis meses de idade.

Aos 22 anos, decidiu que queria ter um comércio e, para isso, vendeu uma terneira e foi até Porto Alegre para comprar os produtos com um cunhado. Assim, abriu sua primeira casa comercial, em Capoeirinhas. “Bodeguiei por 12 anos em Capoeirinhas”, dizia recordando que, na bodega, as pessoas jogavam sinuca até duas horas da madrugada e, quando chovia, precisava ter no mínimo 15 dúzias de ovos.

Em 1977, comprou um terreno no bairro Planalto, em Encantado, e se mudou com a família em 1981, após construir a casa. Em 1987, abriu um boteco no local onde hoje está localizado o AGF e, em 1992, o empreendimento foi transformado em supermercado.

O programa na Rádio Encantado

Antenor Gonzatti, até poucos meses, apresentava, todos os dias, o seu programa na Rádio Encantado, por volta das 11h30min. “Queria um espaço na rádio para falar os aniversariantes, dar o bom dia e falar algumas ofertas”, explicou Gonzatti em entrevista à equipe do Jornal Opinião em 2019.

No programa, não deixava de expressar o seu carinho por Relvado e ficou conhecido pelo seu bordão “Alô, meu Relvado!”. De acordo com o filho Rober Gonzatti, que hoje apresenta o programa, era um momento de distração, em que se sentia bem e, nos últimos meses, quando não conseguia mais fazer o programa, por conta da visão, lamentava.

Texto: Lucas da Rosa

Foto: Arquivo/Jornal Opinião