Adolescente mata a avó e fere o avô após ser impedido de usar o celular

Um adolescente de 13 anos foi apreendido na última semana na zona rural de Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná, após assassinar a própria avó com cinco tiros no peito e ferir o avô com um disparo nas costas. O crime chocante ocorreu dentro da residência da família, em uma área rural do município, e teria sido motivado pela proibição do uso do celular por parte dos avós.
De acordo com a Polícia Civil do Paraná e com a Secretaria da Segurança Pública (SESP), o garoto, que era criado pelos avós desde os sete anos de idade, teria se irritado com a decisão dos responsáveis de restringir o acesso ao aparelho, após constatarem que ele estaria acessando conteúdos impróprios para sua faixa etária.
A sequência do crime teve início quando o adolescente arrombou um baú onde estava guardada uma arma de fogo — um revólver calibre .357 Magnum, devidamente registrado e pertencente a um tio. Ele então realizou os disparos contra os avós: primeiro, atingiu o avô pelas costas; depois, disparou cinco vezes no peito da avó, que não resistiu e morreu no local.
Apesar de baleado, o avô conseguiu reagir e entrou em luta corporal com o neto, conseguindo desarmá-lo. O adolescente, em seguida, fugiu para uma área de mata próxima, dando início a uma operação conjunta entre as Polícias Civil e Militar para localizá-lo.
A busca durou algumas horas e terminou com a apreensão do menor, que foi encontrado nas imediações ainda na mesma região. Ele foi conduzido à delegacia e permanece detido, à disposição da Justiça.
O delegado Ricardo Moraes Faria, chefe da 19ª Subdivisão Policial de Francisco Beltrão, informou que o adolescente responderá por ato infracional análogo aos crimes de homicídio qualificado (consumado) e tentativa de homicídio. “O que foi apurado até o momento, com base em testemunhas e evidências, é que a motivação foi fútil. Ele ficou extremamente irritado após os avós tomarem o celular dele”, declarou o delegado.
A investigação já está em fase avançada, com todos os documentos pertinentes encaminhados ao Ministério Público e ao Poder Judiciário. A Polícia Civil também avalia a conduta do responsável legal pela guarda da arma, uma vez que o acesso do menor ao revólver foi facilitado pela ausência de segurança adequada no armazenamento do armamento. Com informações da UOL.
TEXTO – José Raimundo Tramontini
FOTO – Ilustrativa/Isac Nobrega/PR