Nesta segunda-feira (13), estão completando hoje, cinco anos do desaparecimento do gerente do Sicredi de Anta Gorda, Jacir Potrich, que na época tinha 55 anos. Passados 60 meses, não surgiram provas que pudesses solucionar o mistério, e assim não há um desfecho para o caso. O STJ - Superior Tribunal de Justiça encerrou em maio de 2020 a ação contra um possível suspeito, que no entender do Ministério Público Estadual, poderia estar envolvido no sumiço do bancário, que desapareceu no dia 13 de novembro de 2018 e até hoje nunca foi encontrado. O suspeito chegou a ser preso duas vezes sob a acusação de matar e ocultar o corpo, mas o Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, atendendo a Habeas Corpus impetrado pela defesa, mandou soltar o acusado, por entender que as provas apresentadas para sua prisão, eram apenas indícios que não possuíam o peso suficiente para justificar a prisão e menos ainda para embasar uma futura condenação. O assunto em Anta Gorda, até os dias de hoje é revestido de um certo tabu e a população prefere não se manifestar publicamente sobre o desaparecimento. Só nas rodas de conversas familiares é que muitos acabam opinando sobre os rumos que o desparecimento acabou tomando. Os familiares de Potrich ainda esperam e cobram uma resposta das autoridades policiais, mesmo que a esposa tenha passado a residir em Capão da Canoa RS, até como forma de se afastar das lembranças, enquanto que o homem que na época foi acusado, passou a residir no município vizinho de Arvorezinha. Sobre o acusado que num primeiro momento chegou a ser responsabilizado pelo crime, seu advogado chegou a afirmar “Esse fato foi uma enorme injustiça porque não havia nenhum vestígio, nenhuma prova contra ele, que induzisse ou levasse a ideia de que ele tivesse sido a causa do desaparecimento de Jacir Potrich”. Conforme seu advogado, as provas que foram apresentadas na época pela polícia e pelo Instituto Geral de Perícias não mostraram sua participação no desaparecimento. “Não há nenhum vestígio, nunca houve, de qualquer participação do acusado no desaparecimento de Jacir, e isso foi sanado magistralmente pelo Tribunal de Justiça do Estado”. Com o trancamento do processo, por falta de provas por parte do STJ, passados cinco anos a investigação policial não conseguiu juntar ao processo nenhuma prova ou indício que pudesse apresentar uma solução para o desaparecimento, enquanto isso, a comunidade regional e a família de Potrich ainda cobram e esperam por respostas.
TEXTO – José Raimundo Tramontini
FOTO – Divulgação/Redes Sociais

