
Carlos André Mueller, de 59 anos, ex-padre da Diocese de Santa Cruz do Sul, foi preso nesta semana e encaminhado ao Presídio Regional de Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, no Rio Grande do Sul. A detenção ocorreu após o Tribunal de Justiça do Estado (TJRS) manter a sentença que o condenou a mais de 21 anos de prisão por estupro de vulnerável.
Mueller foi condenado por abusar sexualmente de quatro adolescentes no município de Vera Cruz, crimes que ocorreram enquanto ele exercia funções religiosas. Em 2021, após as denúncias virem à tona, ele foi imediatamente afastado de suas funções pela Diocese de Santa Cruz do Sul. Na época, estava lotado na Paróquia São José, no município de Mato Leitão, também no Vale do Rio Pardo.
Mesmo condenado, Mueller havia recorrido da sentença em liberdade. No entanto, com a decisão definitiva do TJRS, ele foi recolhido ao sistema prisional para cumprir a pena em regime fechado. O processo corre em segredo de Justiça, por envolver vítimas menores de idade.
A demissão definitiva do ex-sacerdote do ministério sacerdotal ocorreu em outubro de 2024, por determinação do Vaticano, medida tomada após conclusão do processo canônico que correu paralelamente ao processo judicial. Com isso, Mueller perdeu todos os direitos e deveres clericais, deixando de ser reconhecido como padre pela Igreja Católica.
O caso gerou grande repercussão na região, especialmente entre fiéis da Diocese de Santa Cruz do Sul, que desde 2021 acompanha os desdobramentos das denúncias. A Igreja afirmou, por meio de nota na época do afastamento, que colaborou com as investigações e que repudia veementemente qualquer forma de abuso. Com informações da Folha do Mate e do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.
TEXTO – José Raimundo Tramontini
FOTO – Arquivo/Agência Brasil