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Preso em Encantado envolvido em esquema de invasão à contas bancárias

Sexta, 21 de Março de 2025
Preso em Encantado envolvido em esquema de invasão à contas bancárias

Seis pessoas foram presas na manhã desta sexta-feira (21) durante a operação “Invasão Digital”, realizada pela Polícia Civil do Pará (PCPA). A ação teve como alvo um grupo investigado por invadir contas bancárias de vítimas utilizando celulares roubados. Os criminosos realizavam transferências para contas ligadas a uma associação criminosa.

Cinco das prisões ocorreram em Belém, enquanto a sexta foi efetuada em Encantado RS, com base em mandados expedidos pela Vara de Inquéritos Policiais e Medidas Cautelares de Belém. A operação foi coordenada pela Divisão de Combate a Crimes Econômicos e Patrimoniais Praticados por Meio Cibernéticos (DCCEP), vinculada à Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos (DECCC), e contou com o apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE).

Segundo o delegado-geral da PCPA, Walter Resende, as investigações revelaram que o crime ia além do simples roubo ou furto de celulares. Os aparelhos eram usados como ferramenta para um esquema criminoso de alcance nacional. “Para esta operação, contamos com o apoio das polícias civis de outros estados”, afirmou Resende.

Uma das vítimas relatou que teve seu celular furtado e, dias depois, recebeu uma ligação de uma suposta central telefônica informando que o aparelho estava bloqueado. Para desbloqueá-lo, a vítima teria que fornecer um código. Acreditando se tratar de um procedimento legítimo, o homem compartilhou o código, permitindo que os criminosos acessassem suas contas bancárias e realizassem transações que somaram cerca de R$ 500 mil.

O diretor da DCCEP, delegado João Amorim, explicou que os investigadores conseguiram acessar os registros de login dos aplicativos bancários, identificando diversas redes utilizadas para aplicar golpes. Em casos em que não conseguiam o código de acesso, os criminosos usavam apenas os chips dos celulares para acessar a internet e cometer fraudes. Durante a análise dos dados bancários, os agentes identificaram seis contas que recebiam os valores roubados, além de outras 11 contas usadas para fracionar os depósitos.

“No total, conseguimos rastrear a movimentação de R$ 650 mil. Além disso, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou operações suspeitas relacionadas a sete investigados, que movimentaram cerca de R$ 3 milhões, possivelmente ligadas a lavagem de dinheiro”, explicou a delegada Vanessa Lee, titular da DECCC.

A investigação revelou que a associação criminosa operava em diversas regiões do Brasil, incluindo Pará, Pernambuco, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. A operação contou ainda com o apoio da Divisão de Combate a Crimes Contra Direitos Individuais Praticados por Meios Cibernéticos (DCDI), da Divisão de Combate a Crimes Contra Grupos Vulneráveis Praticados por Meios Cibernéticos (DCCV), do Centro de Análise Financeira (CAF/DECCC) e da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, onde uma das prisões ocorreu.

Os detidos foram encaminhados a uma unidade especializada para os procedimentos legais e estão à disposição da Justiça. Eles responderão por furto mediante fraude eletrônica, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

TEXTO – José Raimundo Tramontini
FOTO – Divulgação/PC/Pará

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