Na manhã desta quarta-feira, uma equipe do 2º Batalhão de Choque (BPChq) da Brigada Militar resgatou uma menina de 9 anos que havia sido sequestrada em Tramandaí, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. A criança, que estava desaparecida desde a tarde de terça-feira (25), foi encontrada em estado de choque dentro de um esconderijo subterrâneo e relatou ter sido vítima de abusos.

O desaparecimento ocorreu por volta das 16h de terça-feira, enquanto a menina brincava em uma praça localizada na Rua São Marcos, no bairro Parque dos Presidentes. Moradores da região e familiares iniciaram buscas imediatamente após perceberem seu sumiço, acionando as autoridades. A Brigada Militar mobilizou equipes para investigar o caso e, com auxílio do Setor de Inteligência, conseguiu localizar o paradeiro da vítima na manhã seguinte.

Por volta das 10h, os agentes do BPChq chegaram a um mercado suspeito e, ao realizarem buscas no local, ouviram gritos de socorro vindos dos fundos do estabelecimento. A menina estava presa dentro de um compartimento subterrâneo improvisado, semelhante a um calabouço, com as mãos amarradas. O esconderijo era lacrado com uma tampa de concreto e, para dificultar ainda mais o acesso, estava coberto por caixas de cerveja.

O mercado onde a vítima foi encontrada pertenceria ao sequestrador, um homem de 61 anos, que foi identificado e apontado como principal suspeito do crime. No entanto, ao tomar conhecimento da identidade do criminoso, um grupo de moradores se revoltou e o linchou antes que ele pudesse ser conduzido pelas autoridades. No auge da fúria, eles invadiram o lugar enquanto a ocorrência ainda estava em andamento e passaram a agredir o sequestrador. Ele foi atingido por chutes, socos, garrafas, tijolos e pedras.

Devido à gravidade das agressões, ele não resistiu aos ferimentos e faleceu no local.

A menina foi resgatada em estado de choque e encaminhada para atendimento médico e psicológico. O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil, que busca esclarecer as circunstâncias do sequestro e apurar se o suspeito agiu sozinho ou se há outros envolvidos no crime.

TEXTO – José Raimundo Tramontini
FOTO – Divulgação/BM