Suspeitos são indiciados pela morte de animais na enchente em Porto Alegre
A Polícia Civil indiciou nove pessoas físicas e quatro jurídicas pela morte de animais durante a enchente. Os suspeitos são funcionários de pet shops e agropecuárias em Porto Alegre. Eles foram indiciados por crimes ambientais. Sete investigados trabalham em duas lojas da Cobasi, nas avenidas Praia de Belas e na Brasil. Os outros dois são empregados de um estabelecimento na avenida Júlio de Castilhos, no Centro Histórico.
A investigação aponta que, a partir do dia 3 de maio, os lojas teriam fechado às portas e mantido os animais (roedores, peixes, aves) no interior dos estabelecimentos, em condições insalubres.
No dia 11 do mesmo mês, voluntários entraram em uma unidade da Cobasi na Avenida Brasil, após denúncias que lá estariam sendo mantidos animais. Diversos bichos foram resgatados e entregues às responsáveis pela loja, que remanejaram estes animais para outra unidade. Entretanto, alguns não resistiram aos vários dias isolados e vieram a óbito. Foram indiciadas três gerentes locais, que tinham poder decisório sobre a loja foram indiciadas, uma gerente regional e uma responsável técnica.
De acordo com a Polícia Civil, as gerentes investigadas relatam que deixaram comida e água em maior quantidade para os animais, e que acreditavam que a situação não perduraria por muito tempo. Entretanto, após o alagamento da região, que inviabilizou o acesso à loja, os animais ficaram diversos dias sem comida, água, luz, em local totalmente insalubre. Vídeos feitos pelos resgatistas, mostram peixes já em óbito e outros buscando oxigênio na superfície, além dos comedouros de gaiolas vazios.
TEXTO – José Raimundo Tramontini
FOTO - Ilustrativa

