O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa nesta quinta-feira (3), em Buenos Aires, da 66ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul. O encontro marca o encerramento da presidência pro tempore da Argentina e a transferência da liderança do bloco para o Brasil.

Criado em 1991, o Mercosul é formado por Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e, desde 2024, pela Bolívia como membro pleno. O bloco reúne mais de três mil normas em áreas como comércio, saúde e direitos humanos, e promove a livre circulação de pessoas e o alinhamento de regras comerciais.

Segundo o governo federal, a participação do Brasil reforça o compromisso com a integração regional. A embaixadora Gisela Padovan, do Ministério das Relações Exteriores, destacou o papel estratégico do Mercosul na política externa brasileira e na promoção do desenvolvimento.

Uma das prioridades do Brasil será concluir o acordo entre Mercosul e União Europeia. “Temos a expectativa de assinar o acordo, que já está finalizado e em processo de tradução”, afirmou Padovan à Agência GOV.

Sob liderança brasileira, o bloco deve fortalecer a Tarifa Externa Comum, integrar os setores automotivo e açucareiro, atualizar a Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum (Letec) e lançar uma agenda ambiental com foco em sustentabilidade — o chamado “Mercosul verde”.

Também estão previstas ações nas áreas de segurança pública, infraestrutura, direitos humanos e justiça social. O Brasil deve liderar o lançamento da segunda fase do Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (FOCEM 2) e buscar o fortalecimento de institutos sociais do bloco.

Outras metas incluem ampliar a participação de países associados, como o Panamá, e incentivar as relações comerciais com foco em pequenas e médias empresas.

*Com informações do Portal Terra

Texto - César Augusto Husak
Foto - Marcelo Camargo/Agência Brasil