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ACI-E, o associativismo na prática

Quinta, 20 de Agosto de 2020
ACI-E tem mais de 300 associados, entre empresas, empresários, profissionais liberais e empreendedores

 

O dicionário Aurélio define a palavra associativismo como um instrumento por meio do qual os associados se juntam para lutar pelos seus interesses e direitos. Ações de participação, solidariedade, união, cooperação, objetivos comuns ganham destaque. A coletividade se sobrepõe à individualidade.

No Brasil, o movimento associativista empresarial é marcado pela existência de várias instâncias organizativas, formado pelas confederações, federações e associações dos mais diversos setores e segmentos de negócios. Nesse contexto, se insere a Associação Comercial e Industrial de Encantado (ACI-E). Já nos documentos que registram a origem da entidade, em 1939, encontram-se referências sobre a vontade dos comerciantes locais da época de se unirem para tratar assuntos de interesse geral, não somente aqueles ligados a empresas, mas também da comunidade encantadense e regional.

O presidente da ACI-E, Rafael Fontana, afirma que dar continuidade ao espírito associativista proposto pelas lideranças responsáveis pela criação da Associação é uma das missões mais importantes da atual diretoria. -Temos a sorte de contar com uma comunidade que tem no seu DNA esse perfil da cooperação e da solidariedade, características fundamentais do associativismo. Cabe à ACI-E estar organizada para atender aos anseios de seus associados e, ao mesmo tempo, para contribuir com o desenvolvimento da nossa cidade e da região-, enfatiza.

A executiva da ACI-E, Bernardete Rissi, acrescenta que o trabalho da instituição é permanente na defesa dos interesses e das aspirações dos associados, seja por parte da diretoria ou da equipe operacional. -Há sempre alguém trabalhando em favor do associado. Queremos que ele se sinta cada vez mais pertencente à ACI-E, por isso não medimos esforços para agir em seu favor-, reforça.

Bernardete destaca que, por meio da prática associativista, várias demandas da sociedade encantadense e regional foram conquistadas a partir da liderança da ACI-E. Entre as mais recentes estão o projeto do videomonitoramento, que resultou na instalação de câmeras de segurança em diversos pontos da cidade de Encantado, e a participação nas discussões do modelo de distanciamento controlado do governo do Estado durante a pandemia. -Poderíamos estar na bandeira vermelha, com muitos prejuízos às nossas atividades econômicas. Mas graças à participação da ACI-E, ao lado de outras entidades da região, conseguimos reverter para a cor laranja, que permite o funcionamento de nosso comércio-, destaca.

Associativismo fortalecido, apesar das dificuldades de 2020

Primeiro a estiagem, depois a pandemia e, por último, a enchente histórica. O ano de 2020 tem sido marcado por episódios que causam prejuízos consideráveis à comunidade do Vale do Taquari. E é nesse cenário desafiador que o associativismo se fortalece, conforme entendimento da vice-presidente da ACI-E, Maria Cristina Castoldi. -Essas dificuldades enfrentadas pelas empresas e pela comunidade fizeram com que ficasse mais aparente a importância e a força do associativismo no nosso meio e o quanto reunir forças e enfrentar juntos está sendo primordial para amenizar o impacto gerado por esses acontecimentos-, comenta Maria Cristina.

-O momento que vivenciamos trouxe consigo também a condição de pararmos, refletirmos, repensarmos e compreendermos que ações cooperadas e coletivas em prol de objetivos comuns fornecem condições de vida mais apropriada para todos.

A empresária tem a convicção que o associativismo pode dar um norte diferente aos enfrentamentos vivenciados em diferentes âmbitos, seja no social, cultural, político e econômico. -E o momento é oportuno para isso: trabalhar em conjunto, com princípios e valores, confiança mútua, honestidade, buscando promover o bem comum e o desenvolvimento socioeconômico, contribuindo ativamente na construção de políticas públicas que melhorem o bem-estar da sociedade por meio de um ambiente de negócio saudável. Isso vai acontecer, ou melhor, já está acontecendo-, salienta.

Nesse sentido, o associado também tem papel decisivo, na visão de Maria Cristina. -As entidades precisam do envolvimento e da participação dos associados, dos líderes empresariais e da sociedade para ficarem fortalecidas e organizadas, para encontrarem soluções para todas as adversidades, sobretudo, essas que estamos vivendo nesse ano, que pegaram todos de surpresa-, acrescenta.

Pensamento semelhante tem o presidente da Câmara da Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC-VT), Ivandro Carlos Rosa. Ele cita o Comitê Regional de Crise que foi criado em meio à pandemia com o objetivo de buscar soluções coletivas. O grupo contou com a adesão do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat) e da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat). -Para que as coisas se resolvam é necessário um enfrentamento planejado, que ataque todos os setores. Ou seja, as nossas ações têm sido transversais, não pensando somente na parte comercial, mas também no aparato de acesso das pessoas à saúde-, explica.

Para Rosa, as entidades sairão fortalecidas da crise, por estarem sempre buscando o aprimoramento da comunidade em que estão inseridas. -Isso vai fazer toda a diferença quando estivermos com condições de trabalhar com normalidade no pós-pandemia-, diz, ao mesmo tempo em que destaca o engajamento dos empresários e o comprometimento deles com o coletivo e a busca de soluções para superar a crise. -Penso que no ano de 2020 ainda será possível termos muitas coisas positivas acontecendo. E 2021, sem dúvida, será um ano muito melhor para todos nós-, projeta.

Núcleos setoriais da ACI-E fomentam o associativismo

O associativismo também se fortalece dentro das entidades empresariais por meio das atividades desenvolvidas pelos núcleos setoriais. Na ACI-E, por exemplo, dois grupos se mantêm ativos: o SuperAção, núcleo de Mulheres Empreendedoras, formado por 16 associadas; e o Saúde do Vale, núcleo de Saúde e Segurança do Trabalho, que conta com a participação de 11 associados.

A coordenadora do SuperAção, advogada Darjela Calvi, considera que o associativismo se torna indispensável nos dias atuais. -A maioria das associações tem levado suporte nas mais diversas áreas aos seus associados, buscando soluções conjuntas para as novas dificuldades que estão surgindo, não os deixando sozinhos à mercê de sua própria sorte-, diz.

Segundo Darjela, o momento exige a colaboração de todos para o crescimento e a retomada, principalmente, das atividades econômicas. -É o que acontece com a nossa ACI-E, que promove essa colaboração através de suas ações e de seu olhar sempre atento às necessidades de seus associados e da comunidade-, completa.

A empresária Júlia Wolf, da SW Segurança e Medicina do Trabalho, integra o núcleo Saúde do Vale. Para ela, o associativismo evidencia os melhores comportamentos e sentimentos nas pessoas. -Gosto de pesquisar sobre o comportamento humano e percebo que o associativismo faz com que a gente queira evoluir, para que o nosso ambiente de trabalho e a nossa comunidade cresçam da mesma forma. Acredito muito no poder da comunidade, de compartilhar para crescer-, comenta Júlia.

O associativismo na visão do associado

O associado é a razão de existir de uma entidade. Na ACI-E, são mais de 300, entre empresas, empresários, profissionais liberais e empreendedores. Entre eles, a SW Segurança e Medicina do Trabalho e a Lorenzon Plásticos.

Segundo o empresário Henrique Wolf, da SW, o associativismo representa a sobrevivência em um cenário desafiador da atualidade, sobretudo, pelas marcas deixadas pela pandemia. -Ele é fundamental para superarmos os obstáculos que não são pequenos. É o remédio menos amargo. É por ele que podemos conseguir dar a voltar por cima com maior rapidez e de forma duradoura-, comenta. -E esse associativismo tem que estar norteado pelos valores, principalmente, da ética e do respeito.

Para César Lorenzon, da Lorenzon Plásticos, o movimento associativo sempre provou, ao longo do tempo, a sua importância para o desenvolvimento da sociedade. -A união de pensamentos, de esforços, de empresas e pessoas em busca de um objetivo comum, sempre foi mais forte do que quando feito de modo individual. No nosso caso, temos a ACI-E, que defende os interesses não só da nossa empresa, mas de todos empresários encantadenses-, ressalta.

Lorenzon refere que sempre acreditou e participou de entidades associativas, incluindo as que atuam em favor do setor de plásticos. -Se estivermos organizados por meio de uma entidade vamos ter muito mais força para sermos ouvidos com relação aos nossos interesses. O associativismo é uma ferramenta muito válida. Penso ser importante que todos tenham esse pensamento-, afirma.

Texto e foto: Aci-e 

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