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Audiência pública debate hoje concessão de rodovias no Vale do Taquari

Sexta, 24 de Janeiro de 2025
O evento ocorre no Auditório do Prédio 7 da Univates, com início às 10h e credenciamento a partir das 9h30.


Nesta sexta-feira (24), o Governo do Estado realiza uma audiência pública em Lajeado para discutir a concessão das rodovias do Bloco 2, que abrange trechos no Vale do Taquari e na região Norte do RS. O evento ocorre no Auditório do Prédio 7 da Univates, com início às 10h e credenciamento a partir das 9h30.

Durante a audiência, haverá apresentação detalhada do projeto, cadastro de interessados para manifestações orais e espaço para esclarecimentos e contribuições. O objetivo é garantir a transparência do processo e colher sugestões para o aprimoramento do modelo de Parceria Público-Privada (PPP), responsável pela operação, manutenção e ampliação das rodovias incluídas no projeto.

Lideranças do Vale do Taquari entregaram, no início da semana, ao secretário de Parcerias e Concessões e também da Reconstrução do RS, Pedro Capeluppi, um documento apresentando as preocupações e sugestões sobre o projeto de concessão de rodovias estaduais do Bloco 2. O conjunto de estradas, que vai de Venâncio Aires a Erechim, é considerado estratégico para a economia do Estado.

Entre os principais pedidos, as entidades sugerem o adiamento das audiências públicas por 120 dias, alegando que o prazo atual inviabiliza análises técnicas detalhadas pelas comissões municipais. Também criticaram o possível aumento de 30% nas tarifas de pedágio após as duplicações previstas, apontando que concessões em estados como Paraná e Minas Gerais praticam tarifas até 50% menores.

Outro ponto questionado foi a estimativa de tráfego médio diário (VDM), considerada irreal. As lideranças argumentam que a movimentação atual, especialmente na ERS-130, não reflete os números apresentados no projeto devido a problemas de infraestrutura e eventos climáticos.

O secretário Pedro Capeluppi reconheceu a importância das demandas apresentadas, mas destacou a necessidade de avançar com o processo. “Me preocupa, pois 120 dias é um prazo muito longo para que o processo fique parado. Precisamos avançar e aprimorar, se quisermos dar início ainda no primeiro semestre”, afirmou.

Ele reforçou que os investimentos previstos no projeto são fundamentais para a infraestrutura do Estado. “Conversamos com a sociedade, que solicitou essas obras, pois as considera importantes. Estamos falando de R$ 6,7 bilhões em investimentos. Portanto, é válido questionar se um volume menor de obras atenderia às demandas da região, ao meu ver, isso não seria suficiente”.

Sobre o pedido de adiamento da audiência pública de Lajeado, Capeluppi foi categórico. “Não vamos adiar a audiência pública de Lajeado, precisamos realizar e escutar as pessoas”, sustentou.

O documento também sugere:

  • Isenção de tributação nos pedágios;
  • Ampliação dos recursos do Fundo de Reconstrução (FUNRIGS), dobrando o valor destinado às rodovias;
  • Criação de programas de fidelização com descontos para usuários frequentes;
  • Revisão periódica do contrato a cada cinco anos para reequilíbrio econômico.

O vice-presidente da CIC Vale do Taquari e coordenador do grupo técnico, Adelar Steffler, destacou o avanço no diálogo com o secretário. "Temos espaço para discutir com prefeitos e lideranças. A diferença agora é que sabemos que nossas demandas estão sendo analisadas".

O ofício, assinado por entidades como CIC VT, CODEVAT, AMVAT e FETRANSUL, busca garantir melhorias reais com tarifas justas e infraestrutura adequada, beneficiando o Vale do Taquari e o Rio Grande do Sul.

Texto - César Augusto Husak
Foto - Raphael Nunes/EGR

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