Desde novembro de 2019, quando teve início o Projeto ReabilitaCão, os apenados do Presídio Estadual de Encantado (PEE) construíram mais de 250 casinhas para cães em situação de vulnerabilidade. A iniciativa é da ONG Associação Pegadas de Amor (ASPA) em parceria com o PEE e o Conselho da Comunidade do Presídio Estadual de Encantado.

Para dar continuidade ao trabalho, que visa a união da reabilitação e ressocialização dos presidiários ao bem-estar e qualidade de vida dos animais, são necessários madeira, prego, brasilit e tinta. Quem quiser contribuir com doações podem contatar os integrantes da ASPA.

As casinhas são distribuídas às famílias que sobrevivem em condições precárias e aos voluntários que abrigam os cães vítimas de maus tratos e abandono em lares temporários. Algumas unidades também são vendidas. Já os apenados recebem R$ 10 a unidade que são revertidos em produtos de higiene pessoal. Além disso, a mão de obra dos presos e as doações da comunidade barateiam o custo e com isso o grupo pode vender a preço mais em conta – utilizando o dinheiro na aquisição de alimento, mantimentos, utensílios e demais itens destinados aos pets.

De acordo com Vitória Stürmer Bortoletti, integrante da ASPA, o inverno faz aumentar os pedidos. “O frio e períodos mais chuvosos aumentam a demanda, principalmente, para os pets em situação de vulnerabilidade. Nosso grupo também contribuiu com as famílias que foram atingidas pela cheia do Rio Taquari e os pedidos dobraram. Reforço que para dar continuidade a ação precisamos, mais uma vez, dos corações solidários”, enaltece.

Interessados em contribuir podem entregar as doações junto ao presídio em horário comercial ou contatar os integrantes da ONG.

Oficina de trabalho

O sucesso do projeto é tanto que um pavilhão de trabalho já está sendo edificado para melhor acomodar os apenados, materiais e as casinhas prontas. A obra, em fase final de conclusão, está sendo estruturada com recursos do Poder Judiciário, verbas oriundas da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), Conselho da Comunidade e uma parcela das vendas de casinha.

Texto: Vanessa Paliosa
Fotos: Vanessa Paliosa/Arquivo/Divulgação