Bolsonaro se recupera na UTI em Brasília após cirurgia de 12 horas

O ex-presidente Jair Bolsonaro passou por uma delicada cirurgia de 12 horas neste domingo (13), no Hospital DF Star, em Brasília. A intervenção foi considerada bem-sucedida e teve como objetivo tratar aderências intestinais e reconstruir a parede abdominal, sequelas de múltiplos procedimentos realizados após a facada sofrida durante a campanha eleitoral de 2018.
A operação teve início ainda pela manhã e se estendeu até a noite, exigindo atenção redobrada da equipe médica devido à complexidade do quadro. Segundo boletim médico divulgado ao fim do procedimento, Bolsonaro está estável, sem dores e permanece sob observação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ainda não há previsão de alta.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro se manifestou nas redes sociais logo após o término da cirurgia, agradecendo o apoio e as orações recebidas: “Cirurgia concluída com sucesso! A Deus, toda honra e toda glória! [...] Seguimos firmes, com fé e esperança!”, escreveu.
De acordo com informações médicas já divulgadas no sábado (12), o procedimento exigiria muitas horas de duração devido ao número elevado de aderências intestinais — estruturas que se formam após cirurgias anteriores e podem comprometer o funcionamento do sistema digestivo.
Michelle também relatou que os sinais clínicos do ex-presidente permaneceram normais e estáveis durante toda a cirurgia. Uma coletiva de imprensa com os médicos está agendada para a manhã desta segunda-feira (14), com a expectativa de trazer novos detalhes sobre a recuperação.
Bolsonaro foi internado na sexta-feira (11) após sentir fortes dores abdominais durante um evento político no interior do Rio Grande do Norte. Ele foi diagnosticado com suboclusão intestinal — uma obstrução parcial que impede a passagem adequada de gases e fezes pelo intestino. Inicialmente atendido em Santa Cruz (RN), foi transferido para Natal e, posteriormente, levado a Brasília por meio de uma UTI aérea. Desde o atentado a faca sofrido em Juiz de Fora (MG), em setembro de 2018, esta foi a quinta cirurgia relacionada a complicações no sistema digestivo, além de outros procedimentos realizados nos últimos anos.
TEXTO – José Raimundo Tramontini
FOTO – Reprodução Redes Sociais