Secretaria da Saúde e Cosems orientam municípios a usarem vacinas excedentes para avançar imunização de grupos prioritários
A Secretaria da Saúde (SES) e o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) decidiram, nesta quarta-feira (12), sobre a distribuição de doses excedentes e remanescentes na Campanha Nacional de Vacinação contra a Covid-19. A pactuação foi em reunião da Comissão Intergestores Bipartite, da qual fazem parte Estado e municípios. A decisão conjunta permite que municípios gaúchos, conforme a realidade local, avancem na imunização dos grupos prioritários, seguindo a lista do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação (PNO).
Doses excedentes são as doses que ficam disponíveis nos municípios após completar 90% da população estimada do público prioritário vigente. As doses remanescentes são as populares "xepas", ou seja, doses que sobram nos frascos abertos ao final do dia e que não podem ser reaproveitadas no dia seguinte em função do tempo de conservação do produto.
-Temos recebido informações de que há excedentes em alguns municípios, porque a distribuição é baseada em estimativas populacionais e vem ocorrendo eventuais saldos devido à baixa procura dos usuários na faixa etária a partir dos 40 anos para a primeira dose. Além disso, algumas pessoas podem estar sendo computadas em mais de um grupo prioritário, como profissionais da saúde idosos, ou com comorbidades. Esses números se sobrepõem, o que também explica que alguns municípios estão com sobras-, afirma a diretora de Atenção Primária e Políticas de Saúde da SES, Ana Costa.
Os dois novos lotes de vacinas que chegam ao RS nesta quinta-feira (13) serão destinados à aplicação de segundas doses (D2). O lote com 237.250 da vacina AstraZeneca que chega no voo com pouso previsto para as 23h45min será, a pedido do Ministério da Saúde, integralmente reservado para D2. A remessa de 127.600 vacinas Coronavac, que vem no mesmo voo, também será distribuída para D2.
-Estávamos esperando receber nesta semana um lote generoso de vacinas para aplicação em primeira dose, que nos permitiria montar uma proposta para avançarmos nos grupos e chegar, inclusive, a começar na imunização dos trabalhadores da educação. Só que isso não ocorreu, infelizmente. Então, os municípios que tiverem doses excedentes da AstraZeneca que estavam destinadas às gestantes e puérperas, por exemplo, podem usar para vacinar os outros grupos, como pessoas privadas de liberdade, professores, serventes de escolas, merendeiras e outros profissionais da educação. Além disso, os municípios que completarem a imunização de 90% das pessoas com comorbidades acima de 40 anos também podem avançar-, explica a secretária da Saúde, Arita Bergmann.
Se o município conseguir avançar para o grupo dos trabalhadores da educação, a imunização deve ser iniciada com quem trabalha com educação infantil, ou seja, creches e pré-escolas. O município tem autonomia para decidir se utiliza as doses excedentes para continuar vacinando comorbidades (baixando a faixa etária) ou então para vacinar pessoas do grupo subsequente na lista de grupos prioritários.
Texto: Governo do RS
Foto: Reprodução/Google

