Desde o início de 2024, o Brasil enfrenta uma das piores temporadas de queimadas da última década. Com mais de 156 mil focos de incêndio registrados, o país está coberto por uma densa nuvem de fumaça, fenômeno visível em diversas regiões. De acordo com a Climatempo, a grande massa de poluição atmosférica resultante das queimadas tem alterado a coloração do céu, dando tons avermelhados ao sol e escondendo o azul habitual.
As áreas mais afetadas incluem São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará e Amazonas, que registraram índices alarmantes de queimadas. Somente em São Paulo, agosto de 2024 marcou o maior número de focos desde o início dos registros do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). A fumaça tem sido transportada para outras regiões do Brasil pelos chamados “rios voadores”, correntes de ar que, normalmente, carregariam umidade da Amazônia, mas que agora trazem a poluição atmosférica.
O impacto não é apenas ambiental, mas também de saúde pública. O ar poluído tem causado sérios problemas respiratórios na população. Sintomas como irritação nos olhos, garganta, tosse e agravamento de condições como asma e bronquite têm sido relatados. Especialistas alertam para a importância de buscar atendimento médico imediato em casos de dificuldade respiratória severa.
A previsão meteorológica aponta que a situação só deve melhorar com a chegada das chuvas. Entretanto, segundo a Climatempo, a maior parte do país ainda permanecerá com tempo seco e altas temperaturas, o que prolongará o problema da poluição do ar.
Autoridades seguem em alerta e a população é orientada a evitar atividades ao ar livre em dias de qualidade do ar crítica, enquanto se aguarda uma melhora nas condições atmosféricas.
TEXTO – José Raimundo Tramontini
FOTO – Ilustrativa